Federação Portuguesa de Ciclismo recebe Ordem do Infante D. Henrique Destaque
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, agraciou hoje a Federação Portuguesa de Ciclismo com a Ordem do Infante D. Henrique, durante a gala comemorativa dos 120 Anos da Federação, realizada no Fórum Lisboa, na capital
A partir de hoje a União Velocipédica Portuguesa – Federação Portuguesa de Ciclismo é Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique, reconhecimento pelo contributo, ao longo de 120 anos, para o prestígio do país.
“Tomei esta decisão para agradecer 120 anos, não apenas desta Direção, mas de todas as Direções, de todos os dirigentes, de todos os atletas, de todos os milhares senão milhões de portugueses que, competindo, assistindo, acompanhando ou apoiando, deram, dão e vão continuar a dar um contributo para um Portugal melhor”, frisou o chefe de Estado.
O Presidente da República recordou as memórias pessoais ligadas à bicicleta e ao ciclismo, sublinhando as caraterísticas que fazem do ciclismo uma atividade ímpar: “A ligação ao povo de todo o país, o papel de coesão social e territorial, a função de transformação social, o sentido democrático. O prestígio social que o ciclismo proporciona a Portugal é notável ao longo da História destes 120 anos. O ciclismo é uma realidade popular, que vem do povo e continua no povo”, frisou Marcelo Rebelo de Sousa.
Já antes, o secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, lamentara não poder entregar qualquer condecoração à Federação Portuguesa de Ciclismo, instituição já detentora do mais alto reconhecimento que é da competência do Governo.
“O ciclismo gera as maiores paixões, pela forma como chega às comunidades e ao território. A Federação Portuguesa de Ciclismo, pelos ídolos que produziu e continua a produzir, orgulha-nos a todos”, disse o representante governamental.
O anfitrião da cerimónia, o edil de Lisboa, Fernando Medina, destacou o papel da bicicleta nas políticas urbanas de mobilidade. “Sou o autarca que encontrou na bicicleta um elemento de futuro e não de passado. É o futuro das políticas da cidade e da mobilidade. É o meio de transporte mais eficaz na gestão do núcleo urbano”, declarou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, também destacou o enraizamento popular da modalidade. O dirigente congratulou-se pela capacidade do ciclismo para se adaptar aos diferentes tempos sociais e políticos do país e do mundo.
“Chegámos a um tempo em que a globalização é irreversível e em que o ciclismo é também cada vez mais global, exigindo-se que seja cada vez mais ético, inovador, científico e tecnológico. O Centro de Alto Rendimento de Anadia aproximou o ciclismo português do futuro”, considera Delmino Pereira, que apontou como grande desafio a capacidade de inovação necessária para atrair cada vez mais jovens ao desporto.
Antes da condecoração federativa pelo Presidente da República, viveram-se momentos de grande emoção, quando quatro figuras da modalidade foram distinguidas pela Federação Portuguesa de Ciclismo, simbolizando a homenagem a toda a comunidade velocipédica nacional.
Foram agraciados José Bento Pessoa, Alves Barbosa, Joaquim Agostinho e Rui Costa. Maria Benta Villas, neta de Bento pessoa, Rosa Barbosa, esposa de Alves Barbosa, Ana Agostinho, esposa de Joaquim Agostinho, e Rui Costa subiram ao palco e proferiram palavras emocionadas de agradecimento.
“É uma enorme honra receber esta distinção, que não é apenas minha, mas de toda a minha geração e de todos os ciclistas. Graças à Federação Portuguesa de Ciclismo sou o ciclista que sou, pois é o resultado do trabalho feito desde as camadas jovens”, reconheceu o campeão mundial de 2013.